quinta-feira, 5 de maio de 2011

Resumão


Sei que a promessa era contar ao longo do evento todas as novidades, todavia os dias aqui foram intensos e o cansaço não me permitiu tal atitude. Irei narrar resumidamente os debates que travamos durante o colóquio.

A conferência de abertura “O fantástico como problema de linguagem”, contou com as palavras do Prof. Dr. David Roas, da Universidad Autônoma de Barcelona. Sua discussão gravitou em torno de três eixos centrais: 1) O realismo do fantástico; 2) Limites da linguagem e 3) Existência ou não do fenômeno fantástico.

Em seguida foi apresentada uma mesa-redonda sobre: O gênero Fantástico na perspectiva do Revisionismo. Bom, Revisionismo nos estudos literários é um olhar para trás sob novo ângulo, uma mudança de perspectiva, um deslocamento da visão canônica sobre determinada narrativa. Por exemplo, foi exibida uma releitura revisionista de As mil e uma noites em “Dunyazade” de John Barth, onde as narrativas não são realizadas por Sherazade (como no cânone) e sim, por sua irmã Dunyazade e isso implica outro entrelaçado de estórias.

Uma temática também muito interessante dentro das vertentes do fantástico foi debatida pelo Profº. Álvaro Hattnher, “Zumbis e a ficção: um passeio pelas entranhas da transmidialidade”. Claro que em primeira ordem causa estranheza, todavia dentro das reflexões sobre a ambigüidade entre o natural e sobrenatural na literatura e em outras mídias, esse é um campo fértil.

Visões, panoramas, dúvidas e reflexões foram apresentadas sobre o realismo mágico/maravilhoso e depois irei detalhar a polêmica. O evento terminou com chave de ouro, com a conferência: “A literatura fantástica: alguns marcos referenciais”, da Profª. Dra. Maria Cristina Batalha. Ela fez um apanhado dos contos nacionais fantásticos e os categorizou em 7 modalidades, trabalho muito atrativo.
Minha apresentação, graças a Deus, foi um sucesso! Assim como todo o evento e já deixou saudades. A UNESP está de parabéns, juntamente com o grupo de pesquisa, organizadores e monitores por estes dias de imersão no mundo fantástico, simplesmente adorei e digo que valeu a pena!

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