domingo, 31 de maio de 2009

Breve comentário sobre o texto: Como Potencializar o Trabalho de sua Assessoria de Imprensa


Para que um trabalho de Assessoria de Imprensa (AI) seja realizado de forma consistente e positiva é necessário que a via de mão dupla esteja em continuo processo de colaboração, ou seja, tanto o assessor quando o seu assessorado precisam corresponder às exigências e habilidades que lhe são competentes.
A grande dificuldade encontrada nessa relação é a confiança. A recente profissionalização dessa atividade, que para muitos ainda se confundem com os mecanismos que o marketing utiliza (sendo esse um grande equívoco, uma vez que o jornalismo produz noticias a serviço da sociedade e o marketing transmite a mensagem de um patrocinador com o objetivo de vender algo) é uma das explicações possíveis para a falta de credibilidade nessa relação.
Se por um lado quem contrata os serviços de uma AI necessita acompanhar seu desempenho, medir e cobrar resultados, do outro é preciso ter a certeza da confiança e acima de tudo da colaboração. Acatar a estratégia de comunicação traçada pela assessoria de imprensa para determinado fato relevante e, no momento da execução, “atropelar” o projeto com ações opostas às que haviam sido previamente planejadas; passar a informação a jornalistas sem o conhecimento prévio da assessoria e esperar que a assessoria tenha total controle do que será publicado sobre a fonte em espaço editorial, são atitudes extremamente prejudiciais da parte do assessorado que podem acarretar em descrédito da assessoria e da própria fonte.
Características que devem ser cultivadas pelo profissional de assessoria:Manter bons contatos nos veículos de comunicação;
Ter credibilidade na imprensa;
Criatividade para gerar pautas e despertar o interesse jornalístico, dentre outras
Maneiras de medir resultados:
Realização de pesquisas para avaliar como a comunicação do assessorado é percebida pelos jornalistas;
Análise de conteúdos editoriais;
Por último e não menos importante, o recado de que quantidade de inserções na mídia não significa qualidade!!! É necessário antes de tudo avaliar em qual espaço o assessorado é mencionado e de que forma.

domingo, 24 de maio de 2009

Sobre Sonhos


Poucas certezas são dadas em relação ao fenômeno dos sonhos, apesar do encontro com ele ser efetuado a cada vez que dormimos (mesmo que você não se lembre deles). Na antiguidade eram vistos como mensagens divinas e poderiam indicar a cura para doenças. Para Aristóteles, pensador que viveu no século IV a.C, o sonho não passava da manifestação da mente, para a época esse era um posicionamento incomum.
Somente do século XIX ver os sonhos como interpretação do sobrenatural começou a ser refutado. Nesse período surgem figuras como Darwin afirmando que os animais também sonham (A origem das Espécies, 18590), a psicóloga americana Mary Calkins com a descoberta de que a maioria dos sonhos acontece na segunda metade do sono e 89% dos relatos colhidos tinham relação direta com os eventos do dia anterior (Estatísticas dos Sonhos, 1893), porém o rompimento só foi consolidado com Sigmund Freud, em sua obra A interpretação dos Sonhos, 1900. Freud percebia os sonhos como uma válvula de escape da realidade que cerca as pessoas, atribuindo a eles um caráter simbólico formado pelo processo de condensação e deslocamento, que servem para distorcer o desejo reprimido e driblar nossa censura.
A fim de versarmos sobre o mundo dos sonhos e suas tantas lacunas, conversamos com o psicólogo, Gilvan Melo, que trabalha com a psicologia escolar e clínica, abordando fundamentalmente a Logoterapia, ou seja, um sistema teórico criado pelo psiquiatra Viktor Frankl onde a busca de sentido na vida é a principal razão da existência humana.
Perguntado sobre o que significa o processo onírico, Gilvan citou dois pesquisadores. Para Viktor Frankl o sonho pode indicar caminhos para esse encontro com o sentido da vida de cada indivíduo e para Carl Gustav Jung, um discípulo de Freud que deixou seus ensinamentos e criou sua própria teoria, o sonho é um mecanismo compensatório da psique onde a realização de desejos reprimidos é apenas um aspecto dessa compensação.
Segundo Gilvan ao dormimos passamos por cinco fases distintas, das quais variamos entre sono leve, médio e profundo. Foi em relação a essas fases que em 1953, Nathaniel Kleitman e seu aluno Eugene Aserinsky, revolucionaram o mundo dos sonhos ao descobrirem que durante essas várias etapas do sono, nós mexemos os olhos como se estivéssemos acordados. Esse processo é batizado como o sono REM, sigla inglesa que significa “movimento rápido dos olhos”.
Gilvan citou ainda que a sensação de controle do sonho é possível psicologicamente, pois nesse processo ocorre uma manobra do consciente sobre as imagens dominadas pelo inconsciente, o chamado sonho lúcido. Quanto à curiosidade sobre o processo onírico dos cegos, Gilvan afirma que por não possuírem as referências visuais, os cegos recheiam seus sonhos dos outros sentidos e assim podem formar imagens mentais relativas ao espaço. Já quem nasce com a visão e a perde por alguma razão pode ter sonhos com imagens durante a vida toda.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Comunicação de Massa no Mundo Globalizado


Em nosso dia a dia somos bombardeados por um número tão elevado de informações que estudos comprovam não sermos capazes de processarmos. Vivenciamos a chamada sociedade da informação, onde ela ocupa o papel central, além de moeda corrente desse sistema. Como poderosa ferramenta encontramos ainda à Internet que combina informação, publicidade e cultura de massa. Nesse contexto frenético vamos perdendo o conhecimento do verdadeiro papel da comunicação. Por isso se faz necessário apreendermos as configurações da mídia na atualidade, pois é ela que norteia todo indivíduo socialmente ativo.
Somamos a globalização a tudo isso e passamos a nos questionar: De que forma se dá o processo de comunicação no mundo globalizado? Pergunta difícil de ser respondida, porém com muitas demonstrações visíveis, na maioria dos canais de comunicação atualmente. Mesclando sensacionalismo, muito sangue e aberrações, vamos constatando que a comunicação de massa passa o rolo compressor e comporta tudo que chame atenção e traga rentabilidade.
Não sejamos apocalípticos ao ponto de eliminarmos totalmente as contribuições que a comunicação de massa nos possibilita, afinal é ela que trás o erudito e nivela ao popular ao ponto de alcançar uma maior camada de pessoas. Seria ingênuo não perceber que nessa junção a soma das partes perde a sua autenticidade, mas é necessário entender que esse novo produto deve ser analisado sob a ótica particular de sua confluência.
Vivo em busca de respostas para o contexto da comunicação de massa no mundo globalizado. Dia à dia alguns questionamentos são respondidos, muitos outros ainda ficam, mas assim como a mídia atualmente deve ser percebida como um caleidoscópio, as dúvidas restantes são apenas ponto de partida para novos conhecimentos.