segunda-feira, 13 de abril de 2009

VII ECUM - O Cariri Paraibano em Efervescência



O VII ECUM – Encontro Ecumênico de Místicos e Pensadores realizado durante o feriado da semana santa, na cidade de Camalaú, no Cariri paraibano (muitos devem estranhar o fato, afinal encontro de místicos e pensadores em pleno interior da Paraíba é mesmo de chamar atenção, então caro internauta, continue lendo que tudo será esclarecido) é um interessante evento que deve ser conhecido, assim como o Encontro da Nova Consciência, o da Consciência Cristã, o dos Amigos da Torá e tantos outros realizados Brasil afora.
O ECUM é um evento pioneiro na região do cariri e foi idealizado pelo professor Antônio Mariano que desde tenra idade sempre se interessou por assuntos espirituais. Ele afirma enfático “A iniciativa do evento nasceu da necessidade de promover uma aproximação entre as religiões, romper o preconceito e o radicalismo, além de abordar temas interessantes, muitas vezes negligenciados”.
Em sua sétima edição o encontro abordou como temática “O enigma da dor e o milagre da cura”. A programação trouxe palestras, debates, exposições, oficinas, atendimentos, além de um momento cultural com apresentação de teatro e celebração.
O ECUM encontra como maiores dificuldades o ambiente inóspito, ocasionado pela mentalidade castradora da comunidade, assim como a dificuldade financeira, já que o projeto não recebe apoio público e nem da iniciativa privada, sendo realizado com recursos próprios do professor Antônio Mariano. Em relação à primeira dificuldade o professor afirma que é ela a mola propulsora da própria realização do evento, que dessa forma o objetivo principal é minar os preconceitos, sendo o ECUM uma gota no oceano que acarreta transformação na maneira das pessoas verem e aceitarem o próximo.
O evento que já recebeu líderes religiosos, místicos, parapsicólogos e pesquisadores de todas as partes do Brasil foi lançado em 1993, não sendo executando todos os anos, devido a problemas de ordem política. O professor explica ainda que durante as palestras o número de pessoas não é muito elevado, mas as consultas que são oferecidas fazem à comunidade comparecer, lotando o local. “As pessoas são práticas, vem atrás de ajudas concretas, não se preocupando em entender esses processos místicos”.
Na abertura do evento todos foram convidados a explanar sobre o tema proposto e interessantes noções de dor foram abordadas. O artista plástico, Jarrier Alves, fez um breve passeio pela história da arte demonstrando que arte e dor sempre foram parceiras. O musico e estudante de filosofia Bhira Mariano, afirmou que a dor é inerente ao ser humano e eu, me pronunciei dizendo que a dimensão da nossa dor deve ser analisada, posturas são assumidas a partir daí, muitos se afogam nas próprias lágrimas (causando um problema maior do que a própria dor existente) outros por sua vez, encaram esse momento como um processo natural e semelhante à águia se renovam, apesar do sofrimento.
O final da abertura do encontro foi marcado pelas palavras do professor Antônio Mariano que enxerga a dor como uma grande mestra que trás consigo provocações e o convite para superar limites.

Um comentário:

  1. Um verdadeiro visionario, Antonio Mariano e todos q fazem o ECUM, estão de parabens, não só pela iniciativa, mas principalmente pelo amor ao q fazem, pois como vc bem narra Aline, é um evento onde a iniciativa publica não entra por mesquinharias politicas.

    lamentavel, porém q bom q seja assim, só assim podemos entender quem quer o melhor para essa terra e quem, e quem quer o melhor dela.

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