sexta-feira, 20 de março de 2009

Educar – Comunicar - Globalizar



Para que o cidadão comum possa preservar a sua cultura local, decodificar os conteúdos, compreender os silêncios, preencher as lacunas, ter consciência da espetacularização e saturação dos fatos explorados pela mídia é imprescindível a leitura crítica e educação para estes meios de comunicação. Na perspectiva da comunicação dentro do mundo globalizado, a única via possível é a educação. Somente através desta habilidade o cidadão deixará o seu papel de receptor passivo dos meios e assumirá uma postura ativa e criticamente aguçada para receber as informações que lhes são transmitidas.
A Leitura Crítica da Comunicação (LCC) começou a ser exercida tendo em vista os produtos midiáticos, artísticos e culturais. Ela é fundamentada na metodologia da recepção, onde aquele que obtém as informações também é agente ativo dos processos que acontecem ao seu redor.
Outra proposta interessante além da LCC é a educomunicação que visa compreender as relações entre a Comunicação e a Educação, além de educar para mídia. Este campo de estudos foi reconhecido recentemente e o termo passou a ser utilizado a partir de 1999, pelo Ministério da Educação.

“Educar na era da informação é educar para os meios e linguagens de nosso tempo, e é prioritário ensinar estratégias e habilidades comunicativas, compartilhando instrumentos de navegação autônoma para viagens seguras pelos vastos oceanos de informações e mensagens”.

O educomunicador deve ser responsável por essa nova maneira de pensar a comunicação intimamente atrelada à educação, ele precisa abrir novas rotas para leitura e decodificação das linguagens utilizadas pela mídia. Ele é “o novo profissional que atua ao mesmo tempo no campo da Educação e da Comunicação, motivado pela formação de pessoas críticas, participativas e inseridas em seu meio social”, ele pode, além disso, coordenar e assessorar projetos que visem à formação da competência comunicativa dos cidadãos.
Pensar criticamente é o novo desafio da era da informação. Formar pessoas capazes de interagir com os conteúdos noticiosos produzidos é a nova habilidade que deve ser difundida. A era da informação não pode ser vista apenas como a proliferação de dados e conteúdos impossíveis de serem assimilados. Essa era deve ser marcada pela tentativa de se fazer compreender os meandros, caminhos e descaminhos que a informação atravessa para se fazer presente na vida do cidadão comum, essa é uma maneira de se fazer uma nova comunicação.

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